sábado, março 09, 2013

Lanche de Domingo

Photo: Lanche de Domingo às 17h no Páteo Super Bock Super Rock. 
Amanhã vamos dar um concerto "calminho" no PÁTEO SUPER BOCK SUPER ROCK às 17h.
Apareçam no The Decadente (o nº 81 da Rua de S. Pedro de Alcântara em Lisboa).
A entrada é gratuita.

sexta-feira, março 08, 2013

Uma semana com coisas novas a acontecer.

Nos últimos dias têm aparecido canções novas, já escutei duas do James Blake (mas acho que só vou as querer partilhar no meu blogue quando eu escutar o disco que saiu hoje) e também uma canção nova dos Mount Kimbie.
Made To Stray deve ser possivelmente a canção mais fácil de dançar que já ouvi deste duo britânico, assim que a batida começa fico logo com vontade de me mexer, de seguida entram os inconfundíveis sintetizadores que costumam usar e que de alguma maneira fazem-me pensar que "isto soa mesmo a Londres". O facto deles cantarem e a voz estar mais percetível é uma novidade para mim, pois pelo que tenho percebido era algo que só faziam ao vivo. Estou extremamente curioso e ansioso para escutar o disco que irá ser editado pela Warp Records, e tenho alguma esperança de que haja uma possibilidade de ver o concerto que darão dia 5 de Maio em Belém no festival Day + Night dos The XX.

terça-feira, março 05, 2013

O meu amigo "Tigre Trovão".

Fevereiro foi um mês em que passei muito tempo afastado da blogosfera, grande parte do tempo foi dedicado a gravações e isso implica que passe bastante tempo longe de casa e por essa razão (para além de não ter tempo para parar e escrever) também não tenho tido muito tempo para escutar e descobrir musica nova. Mas hoje preciso mesmo de quebrar o silêncio e partilhar um EP muito especial.

Disponível para download no site da Juicy Records

Chama-se Parts and Bitters e é da autoria do Bráulio Amado que assina sob o pseudónimo Thunder Tiger
O Bráulio é um português em Nova Iorque. É músico, ilustrador, designer e (creio que também seja) realizador, mas posso dizer sem qualquer sombra de duvida que é uma das pessoas mais talentosas que conheço, dotado de uma voz singular.
Lembro-me de ver Adorno pela primeira vez à cerca de cinco anos atrás e ter sido um dos concertos mais inspiradores da minha adolescência, saí daquele concerto com vontade de fazer uma banda, e foi isso que aconteceu uns dias mais tarde, e creio que essa experiência teve imensa importância porque de algum modo me trouxe ao sitio onde estou hoje. Lembro-me que nessa época devido à minha timidez não fui falar com o vocalista e baixista da banda depois do concerto que deram no Montijo, só tive a oportunidade de o conhecer pessoalmente no final do ano passado, e quando o conheci percebi que ele é um daqueles amigos especiais que queremos sempre manter.
No penúltimo dia de Janeiro recebi um e-mail com o desafio de a fazer uma cover da ultima canção do disco Parts and Spares, e eu nem pensei duas vezes, respondi logo a perguntar quando é que a minha canção tinha de estar pronta. Depois de algumas trocas de e-mails e mensagens entre a Moita e Brooklyn percebi que poderia fazer uma faixa mais experimental e de baixa fidelidade com o meu microfone comprado numa loja dos chineses, à semelhança das que fiz na mixtape.
O Bráulio deu-me liberdade total para interpretar a musica dele como eu bem quisesse, até permitiu que a adaptasse para a língua portuguesa, pois para mim esta experiência veio confirmar que eu só gosto de me ouvir cantar na minha língua nativa.
Comecei por tentar criar uma versão com o único instrumento que tinha em minha casa, a guitarra acústica, intencionado em me aproximar da versão original, mas não estava satisfeito com o resultado, então comecei a fazer experiências com timbres de outras canções, algumas delas de discos que tínhamos recomendado um ao outro nas mensagens que trocámos durante as ultimas semanas. Samplei e manipulei um sub-grave do Ifan Dafydd, umas palmas de uma remistura que o James Blake fez para os Mount Kimbie, umas teclas do Toro Y Moi, uma bateria dos The Chariot, e por fim samplei a minha voz, e a da Ellie Goulding numa canção que curiosamente também se chama Home. Isto tudo apenas com o Audacity que deve ser possivelmente o programa de edição de audio mais rudimentar que conheço, mas pelo menos é leve e gratuito. Depois pedi ao meu amigo Bruno Mota que fizesse uma mistura muito rápida do que eu tinha gravado.
Quando enviei a minha versão senti que tinha criado algo especial, embora não fosse perfeito, tinha certeza que tinha sido o mais honesto possível, tal como o Bráulio sempre fez nas suas canções.

Este EP celebra o aniversário da editora DIY Juicy Records e está disponível para download. É possível escolher quanto querem pagar por estas três canções, ou seja, podem adquirir gratuitamente.